28 junho, 2006

O efeito es(e)cola...

Eis que, após 4 longos anos me licencio da ESE e sabem o que tenho a dizer?

QUE DEGREDO VERGONHOSO!!! =0

O efeito escola, que é o reflexo da acção da escola sobre os seus alunos e, idealmente, na comunidade em que se insere, sendo determinado pelos programas, pelos valores, pelas estratégias, e consequência do modo como estas os transforma para que possam ser apropriados pelos alunos. Ou seja, É o resultado da acção da escola expresso no seu público após ser «processado», sendo, em ultima instancia, a verdadeira expressão do sucesso ou fracasso da sua acção relativamente aos objectivos a que se propõe.

No caso da ESE a coisa complica-se pois rapidamente nos apercebemos que não há coerência entre o que se pretende e o que se faz, entre o que se faz e o que se consegue e vice-versa, num contínuo viciado!

Porquê? Isso agora...!

No meio de tanta pretensa eloquência, capaz de ensombrar os poucos que parecem ter alguma noção de realidade, até se esconde alguma esperança de que a coisa seja um dia aquilo que se propõe a ser... mas não está nada fácil!

Alguém me conseguirá explicar o porquê de numa Escola SUPERIOR de Educação que se propõe a exaltar a diferença, buscando uma vivência cooperativa com a máxima concordância possível com a individualidade de cada um; uma escola que procura imprimir práticas pedagógicas diferenciadas com tudo o que lhes é anexo, consegue ter coisas que ficamos sem saber se são um teste à nossa perspicácia ou se conseguem mesmo ser assim tão ineficaz...

Por exemplo, a situação das presenças. Mas quem é que se orgulha para dizer: “A ESE não acredita em faltas, por isso aqui só se assinalam presenças [as quais têm que ter 2/3 para obter aprovação]” é completamente desnecessária alguma explicação sobre as várias maneiras como esta afirmação me assombra, choca e melindra! É que se era suposto ser um trocadilho engraçado, não só não resulta como já ninguém se ri disto, ao 1º impacto, há anos!

Depois temos as belíssimas aulas com os nossos mui queridos professores, que todos sabem explicar e exemplificar durante 1 ano lectivo inteiro todas as coisas que um professor não deve fazer!

E agora deixava de se partir do princípio que os alunos que vão para a ESE têm determinado perfil e agir de forma a vergá-los às expectativas da escola! E agora era a escola que se vergava aos alunos e depois, em pleno direito lhes exigiria tudo aquilo que eles tivessem para lhe oferecer...
Já alguma vez ocorreu a alguém que a resistência dos alunos a envolver-se de modo activo na vida escolar se deve ao facto de não estarem habituados a viver de forma participativa? Ou está tudo esquecido que o pessoal que chega ao superior por esta altura são as primeiras fornadas de reformas que ainda hoje não cumprem com o que se propõe? Vamos lá deixar de nos esconder atrás do “eles são grandinhos, convidamos a participar e eles interessam-se”! Se participar não tiver significado ou visibilidade para o próprio ele não vai fazê-lo porque os senhores professores sugerem! E ainda mais, de que serve participar se informação tem um carácter expositivo e informativo? Afinal que participação é que é possível? E quem é que quer envolver-se a esse nível?
E, por fim, [não por não haver mais que dizer, mas para evitar que isto seja mais um post a metro] tenho que falar do sistema de avaliação só para dizer que o problema, a meu ver, não assenta nos critérios dúbios em que esta se baseia, está no à vontade com que se assume favoritismos e se facilita a vida a alguns.

E depois queixam-se que se fala mal dos alunos da ESE, passem a atribuir as coisas a quem as merece e não a quem gostam mais que isso passa!

E, por favor, arranjem maneira de fazer com que alguns professores, das duas uma, ou tomem a medicação na dose recomendada e não excedam, ou mediquem-nos porque eles já não fazem ideia do que é que andam a fazer, nem onde estão! Também não ficava nada mal aos alunos defenderem-se mutuamente quando vêem que alguem esta a ser prejudicado nas notas [especialmente se o trabalho é de «"grupe"»... [não acham meritocratas??]]

[Entenda-se que há gente com muito para oferecer na ESE, alunos, funcionários, professores! O sistema é aberto, mas os ajustes que faz às alterações que se lhe impõe não é no sentido evolutivo mas sim «acomodativo», e tende a fechar-se sobre si mesmo e morrer!]

Para mais considerações sobre este assunto sugere-se a consulta do blog Estefanilha lda

EnJoY!
=D


27 junho, 2006

UM GRITO DE RAIVA (bem do fundo do fim do mundo)

Sinto necessidade de escrever... Sobre tudo e sobre nada... Sobre os tais anseios fundos, do fundo do fim do mundo, que me fazem chorar... Não se entendendo chorar de forma literária, porque ainda não chegou aí... mas "chorar" por palavras, chorar pela raiva contida de quem quer fazer, de quem quer dizer e não lhe é permitido....

Isto parece que não está a fazer sentido nenhum....

Não é que me seja proibido dizer o que cada vez vai ficando mais e mais contido... É porque cada vez que me disponho a fazê-lo, o receptor desaparece com o rabinho entre as pernas, não vá o diabo tecê-las e o emissor dizer algo que crie confrontos sem retorno de solução!

Para quem me conhece sabe que falo da minha fantástica vida profissional! Não se enganem, eu realmente gosto do que faço, mas questiono-me se não estaria melhor a fazer o que não gosto...

É neste momento que todos os jovens licenciados e sonhadores (esperemos que sejam cada vez menos que os realistas) fazem um ar de espanto como se eu tivesse dito uma barbaridade! Acreditem que não há nada melhor do que trabalhar na profissão, para a qual nos esforçámos durante cinco anos! Mas, se, para que o possamos fazer, tivermos de colocar os nossos ideais de parte, engolir sapos e, pior ainda, vermos o nosso trabalho constantemente menosprezado, então prefiro ir trabalhar para a Zara, até porque cada vez que lá vou me confundem com uma das lojistas. (sem ofensa para quem trabalha no atendimento ao público! É preciso muita paciência)!

Cada vez mais me farta ver estes "capitalistas", ou quaisquer outros "istas" a fazer o que lhes apetece, sem que ninguém se intrometa! Cada vez mais me apetece gritar de raiva quando estes tipos passam por cima das pessoas, pelo simples motivo que elas precisam e se deixam ir pisando.

Vivem que nem reis com as fortunas que vão acumulando à custa do trabalho dos outros, a quem pagam uma miséria, a quem não valorizam pelo simples facto de se acharem melhores!

Mas desde quando é que tenho de trabalhar que nem uma “mula” só por amor à camisola! Isso temos no início quando tudo nos parece muito bonito e quando as promessas feitas pelos “patrõezinhos” (tipo sinhozinho e escravatura, tão a ver?) ainda são credíveis! Agora ao fim, quando o ordenado continua a ser o suficiente para sobreviver e quando, dia após dia, continuamos a ser tratados como se fosse a nossa obrigação ter um sorriso na cara e produzir trabalho à maluca sem receber nada em troca, nem um OBRIGADO?????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Não! Mil vezes não! Nem que nada mude, porque não vai mudar assim de repente! Mas estas pessoas têm de saber que não são Deuses! São comuns mortais, com a única diferença de terem do seu lado o poder que o dinheiro e a hipocrisia dos falsos amigos lhes conferem! São bichinhos bem pequeninos! Ou pelo menos assim se sentiriam se todos os que eles prejudicam se revoltassem contra eles!
É nestes momentos que compreendo todos aqueles que um dia, pela violência, fizeram, ou pelo menos tentaram fazer valer os seus direitos… Houve até quem morresse para que hoje estivéssemos melhor! Muitas voltinhas no túmulo já eles deram, quando se aperceberam que todo o esforço foi praticamente em vão e que tudo, a mal ou bem, não se alterou muito…

Hoje em dia as más condições mantém-se… Muito sindicato, muita luta, muita manifestação…. Muita parra pouca uva!!!!

Tantas leis, para quê? Apenas nos dão a falsa impressão de estarmos protegidos contra quem, invariavelmente, vai sempre ficar por cima… Invariavelmente vai sempre estar protegido pela ambiguidade dessas mesmas leis!

24 junho, 2006

SEXO – Banalizado ou Desmistificado?

Let’s talk about sex...

Durante séculos perpetuaram-se mitos, lenga-lengas, tabus... Foi tido como dever, obrigação, pecado, instrumento do demónio... é só escolher! Em qualquer dimensão de análise do ser humano e das sociedades o sexo está sempre presente, mesmo que entre linhas.

E eis que, subitamente, com dois passos no tempo sobre duas gerações, as fronteiras estanques e opacas que envolviam este tema caiem por terra, revelando todos os seus segredos, todas as respostas e todas as perguntas. E agora?

Toda uma nova dimensão se espraia perante os olhos atentos mas receosos da sociedade, comprometendo o apropriado, a tradição e os bons costumes ou simplesmente a linearidade entre o certo e o errado. E a mais controversa delas todas, a eternidade e estabilidade do amor.

Perdi anos da minha tenra adolescência a tentar compreender que raio é que acontecia na noite de núpcias para que as mulheres dissessem: “E depois fomos para o quarto e o meu marido enganou-me”. Por muito jovenzita que fosse não podia deixar de me questionar sobre esse acontecimento recorrente, caracterizado por um verbo tão forte e que geralmente, se associado a casamento, dá divorcio!

Como é que um instinto básico, uma necessidade fisiológica, no fundo o verdadeiro génesis da humanidade era algo tratado como se fosse um crime da pior espécie?

Uma possível resposta cruza o meu pensamento: falta de informação ou excesso dela obtida de fontes menos objectivas...

Hoje o sexo não é um tabu, pelo menos em comparação com o que era. Há informação disponível em vários formatos e o maior entrave ao esclarecimento é a tacanhez dos próprios ou dos que os rodeiam (naturalmente que há bastantes casos em que a informação não é apresentada de modo a que as pessoas se apropriem dela facilmente, mas deixo essas considerações para os comentários caso queiram).

Sim, desmistificou-se o conceito de sexo. Hoje faz parte integrante das nossas vidas em mais dimensões que as necessárias (a eterna questão do sexo vender tudo). Mas será que pelo caminho banalizámos a coisa? Podemos ter passado dum extremo ao outro sem perceber muito bem como, na tentativa de corrigir séculos de repressão?

Não, não sou apologista de ideias como virgens até ao casamento (e sim, estou a por os dois géneros no mesmo saco porque, caso não se saiba, os gajos também são virgens numa altura da vida e, tal como as gajas, esses anos podem representar um longo intervalo na vida...).

Vamos equacionar a questão sem considerar o factor antiguidade para justificar o comportamento sexual do MACHO (FÉMEO) e o factor emancipação no que respeita ao da FÉMEA (MACHA). Parta-se do princípio utópico do «pé de igualdade»!
Sexo e amor são duas coisas diferentes, nenhuma invalida ou implica necessariamente a outra... certo?

Então porque é que cada vez mais se vê as pessoas a misturar tudo? O sexo implica intimidade mas não a mesma intimidade do amor... até porque são impulsionados por substâncias químicas diferentes... Se dantes as pessoas trocavam votos de amor eterno para molhar o bico, agora dá-se a água e afoga-se o ganso para ver se se encontra o amor...

E depois choram e esperneiam e têm atitudes de gente obcecada que afinal não anda assim tão bem informada!

É verdade que o sexo é uma actividade de recreativa e aprazível de grupo [calma ai que por grupo quero só dizer que não é individual, agora o número fica à descrição de cada qual] mas não é a única!

A sexualidade, o sexo pode ser percepcionado em tudo, mas não é necessariamente a tónica nem a única coisa em presença!
Não é uma “coisa” sagrada, mas também está longe de ser justificação para que o pessoal se comporte como bichinhos!

E, como até parecia mal não dizer, aqui ficam umas “dicas”:

- o coito interrompido não é um método contraceptivo eficaz;
- a pílula tem um risco reduzidíssimo de ineficácia, mas tem;
- o preservativo também não está livre de riscos;
- a virgindade não é um factor que reduz a fertilidade;
- a copula durante a menstruação não é livre de riscos;
- e as DST andam ai e são pegadiças!!!


EnJoY!!!
=D

21 junho, 2006

Pequeno esclarecimento [talvez desnecessário mas... nunca se sabe!]

O pessoal aqui no fundo do fim do mundo aceita comentários anónimos e de toda a espécie!
Atentem vós que, ao pressionar o Link «comments» podem escolher a forma de identificar a vossa "posta"!
E, para que não fiquem preocupados, é assim porque o pessoal optou por isso!
Tranquilo?

Boa!
Então toca a opinar que nós aqui gostamos é de movimento!

;)
EnJoY!
=D

P.S. - A todos os que perderam um bocadinho mais a opinar sobre os nossos posts, o meu OBRIGADA! *

Ai esse português que é tão traiçoeiro!! (A língua, não um gajo que vive em portugal)

Vida

S. F. Estado de actividade de animais e plantas; existência; espaço de tempo decorrido entre o nascimento e a morte; modo de viver; profissão; emprego; conjunto de coisas necessárias à subsistência; biografia; movimento; calor; animação; expressão animada; subsistência; sustentáculo; origem.

Modo de emprego;
Vida de cão: vida de atribulações e trabalhos; a vida eterna: a bem-aventurança; má vida: prostituição; mulher de má vida: meretriz;

Loc. Adv.
À boa vida: sem trabalhar; Vida airada: estroinice; boémia, vagabundagem.

A língua portuguesa é muito traiçoeira! Isso já todos nós sabemos. Agora, venho a descobrir que a palavra vida, na nossa bela língua, tem tantos significados como os acima descritos!
Tudo me parece muito bem desde o estado de actividade de animais e plantas até ao modo de viver! Ora que a coisa descamba quando os sinónimos começam por ser: profissão e emprego! Não estou a perceber! Se eu não tiver um emprego ou uma profissão definida, então não tenho vida em mim?
E se pensarmos na diferença, tão debatida na nossa bela sociedade, entre trabalho e emprego! Se emprego é vida, então trabalho é…. Espera!!! Como é que dizia a outra iluminada? Estar vivo é o contrário de estar morto! Exactamente! Então trabalho é morte!
No entanto, tudo isto me continua a fazer muita confusão… Ora tentem seguir o meu raciocínio.
Então se uma pessoa que trabalha numa repartição de finanças, e cujas funções passam somente pela informação (ou desinformação), pelo preencher e ajudar (ou desajudar) a preencher todos os modelos 20/5589899736364748 (que a maior parte das vezes AFINAL, já não era preciso) tem o tal chamado emprego e está viva, porque é que a mim me parece estar completamente morta e tão obsoleta como um spectrum? (perdoem-me os nerds da informática por tão grave afirmação).
Porque a mim me parece que mais vida têm dentro deles os que não trabalham das 9 as 17, ou melhor, das 9 às 16e30, para quem tem tolerância de horário! (tentem telefonar para a segurança social de Lisboa às 16 e 31)!!!
Mais vida, e até muito mais alegria de viver, têm aqueles que dão o corpinho ao manifesto, às vezes de sol a sol, para ganhar uma miséria, sem benefícios de saúde, mas que ainda arranjam tempo e paciência para sorrir e beber uma (ou mais cervejinhas) com os amigos enquanto gritam PORTUGAL!!! LOL
(Novamente peço desculpa a quem se possa ter ofendido com estas menções ao futebol! Estas comparações entre futebol e os ESTADO do país são deveras popularuchas).
Realmente esta é uma definição que me baralha….
Mas continuei a ler. Ok! Modos de emprego! Ai, gosto tanto de expressões! Vida de cão: vida de atribulações e trabalhos! AH AH!!! Lá está! Trabalho e Atribulações! Emprego e Vida! Pronto, não há mais nada a dizer sobre isto!!
Agora, gosto muito é das próximas: má vida: prostituição; mulher de má vida: meretriz! Isto deixa-me preocupada! Aliás, deveras preocupada! Será que quando a minha mãe e o meu pai mandavam vir comigo por chegar às tantas ou por sair à noite, e tão veementemente me diziam que eu andava na má vida, queriam realmente dizer-me que eu andava na prostituição e era uma meretriz???!!!
Ai!! Eu já sabia do título de cabra, mas este é para mim uma novidade! Mas logo relaxo quando penso que a língua portuguesa é mesmo traiçoeira, e que a má vida a que eles se referiam é aquela que eu apelido de boa vida para mim.
AIIIIII!!!!!!!!!! Boa vida: sem trabalhar! Mau! Mas eu mato-me a trabalhar em 500 funções e só recebo por uma! Algo está mal no reino da linguagem!
Então troco para: gosto de andar na vida airada, ou seja, uma vida de passeio e divertimento e… olha…. Cheia de ar!!! Mas não!!! Até aqui me lixam! Vida airada: estroinice; boémia, vagabundagem. Mas porquê???? Estroinice? Vagabundagem? Olha fico-me mas é pela boémia (apesar de preferir a bela da sagres)! Aqui não há que enganar: classe de jovens literatos, artistas, etc. , que vivem despreocupadamente dia a dia, trabalhando pouco e divertindo-se; vida airada, estroinice, pândega.
A bem ou mal, não vejo qual o problema da pândega, da despreocupação, da diversão e do facto de ser considerada uma jovem literata e artista! Desde que não me chamem por causa disso pseudo intelectualóide de esquerda, “tá-se” bem! Até porque a vida airada e a boémia são tão boas e sabem tão bem, principalmente à sexta-feira e ao sábado à noite quando o gang dos destemidos sai à rua para fazer estragos! LOL
Até porque na segunda-feira seguinte lá tenho de voltar ao trabalho, cujo um dos inúmeros significados é: esforço humano aplicado à produção de riqueza;
Com isto em mente só tenho de descobrir a fórmula mágica, porque a mim me parece que quem tem empregos é que ganha os “big bucks”!

Saudações do fundo do fim do mundo!!

19 junho, 2006

E tu? Sais à noite porque........

Pois é jovem! E tu? Sais à noite porque...te apetece divertir? Beber uns copos? Ter umas conversas porreiras com os teus amigos? Dar um pezinho de dança? Cantar no Karaoke? NÃO!!!!!!!!!!!!!!!! Tu, jovem sais à noite porque queres comer ou ser comido!!! Pronto, tenho dito!!!!!

Nada como sair uma noite no outro lado da avenida (a Todi para quem não é de Setúbal) para descobrir que me encontrava no "dark side of the force"!
O grupo era porreiro. A minha tuna, claro! tirando os colas que se lhe juntaram e que deviam, pela lógica inicial do meu post, estar cheios de fome!!
A intenção era clara, pelo menos para a grande maioria, salvo raras excepções... Diversão! As aulas acabaram, para quem ainda estuda, claro, e a iva até vai casar em setembro... o jantar correu bem, com os típicos brindes a relembrar o espírito académico. Fomos até a avenida e no KCLub(axo que é isto) dançamos, bebemos uns moscatéis e conversámos (sim, porque esta capacidade de comunicar tão linda que a mãe natureza nos deu é para utilizar realmente).
Mas é aí, nesse barzinho que sou alertada para esta realidade das "noites"! Estás preparada para ser comida? Ou queres comer?? Bem, como no meu caso até estou bem servida, fiquei-me pelo moscatél, mas comecei a formar no meu pensamento as primeiras linhas deste post!
Ora que começam a chegar os penduras, alertados por quem não passa sem atenção deles (será que não a têm em mais lado nenhum?).
Sinceramente não me chateou muito. Primeiro não me dizem nada! Segundo a festa era nossa e o sítio público. A abertura e a conversa que lhes dão é que dita o restante destino da noite... Seguido de perto e até ao fim pelos penduras, que vá-se lá saber como e porquê, até têm opiniões e acham que podem ditar esses mesmos destinos.
Ponto final da noite, o resultado foi ignorar os penduras e respectivos "hospedeiros" e curtir uma grande noite!
Uma noite que até teve direito a garrafa de moscatél e conversas sobre o estado do nosso país, passado, presente e futuro. Tudo isto entre dois carros em frente à beira mar...
Mas desde sábado até hoje, que este tema me têm feito confusão. No geral porque parece que anda para aí um virús que deixa as pessoas com fome, o que é mau porque o banco alimentar ainda não arranjou antídoto para esse problema... e em particular porque há pessoas que ainda não perceberam que é muito melhor esperar para ver... aumentar o interesse e deixar que venham atrás... do que simplesmente andar atrás! Será que me fiz entender.... Andar atrás de quem só quer comer e mais nada e de quem quer ser comido, mas precisa de companhia!!!

A esta situação só nos pode valer a santa paciência e a confiança e orgulho em quem tem a capacidade de reconhecer estas situações e consegue gozar e sobreviver com e às mesmas!

P.S. Não há nada de mal em comer e ser comido.... desde que os objectivos de vida de quem o faz consigam ir mais além....

18 junho, 2006

Fait attention!!!

Não é para quem quer, nem para quem gosta! É para quem pode!!

Se quem pode não gosta e/ou não quer...

Azar do cóccis!

O GANG DOS DESTIMIDOS ANDA POR AI SEM TRELA!!!

EnJoY!
=D

Quem não deve, não teme! E vivam os destemidos!!!

Mas vamos lá ver, afinal quem é que não deve?!?

É impressionante, temer está tudo pronto para negar, mas são capazes agora de me dizer que não devem nada a ninguém??

Mentirinhas!!! Ah! Ah!

Querem ver que devemos? Até nos discursos mais bonitos e eloquentes sobre liberdades, a todos os níveis que se possam lembrar, se esconde o dever por trás do direito! Não estão vocês também cansados do discurso do “sê fiel a ti próprio!”; “Vive a vida!” e [dos meus clichés predilectos] “Carpe diem!” ?
O que são assim tão mais as nossas convicções que deveres que impomos a nós próprios no caminho para nos tornar-mos aquilo a que almejamos?
Quais imposições sociais, quais padrões de conduta moral! Se fossemos fies a nós próprios a única coisa que fazíamos era comer, dormir, defecar e “procriar” indiscriminadamente!
Devemos porque tememos, porque [dizem] que somos animais capazes de racionar no abstracto, elevando-nos acima dos comportamentos complexos e levamos a vidinha toda a metamorfosear-nos ao sabor das nossas próprias modas e depois chamamos-lhe “sistema”, responsabilidades... bahhhh!!!

Não será que andamos a papar o discurso ao contrário?

Vejamos, a sociedade é um construído humano, um sistema de comportamentos e acções inculcados por várias fontes, que, aspirando ao respeito comum, compreende a individualidade de cada um, não comprometendo a identidade do todo. Como é óbvio precisam-se de regras: direitos e deveres; que garantam que o sistema não se isole e se auto-destrua. No entanto, já que o construído humano evolui, as sociedades idem, porque é que os direitos e deveres não se actualizam em uníssono com eles? Porque a malta é caguinchas!! Porque não damos às nossas trivialidades o destaque que elas merecem e depois confortamo-nos com “são as regras!” quando a ideia era que o cumprimento de deveres e a exigência de direitos fossem uma atitude altruísta, provida de sentido e consciência!!

Resultado: Se há predisposição para dever, há predisposição para temer!

E, só para que se fique bem claro [porque a semântica é lixada]:


Temor: s. m., medo; susto; pavor; terror; receio; sentimento profundo de reverência ou respeito; fig., pessoa ou coisa que causa medo; pontualidade; zelo; escrúpulo.

Como vêem, até temer pode significar coisas boas! É só uma questão da escolha consciente ou inconsciente!

Mas eu prefiro tentar destemer!

Destemor s. m., falta de temor; intrepidez; arrojo; coragem.

Porque ia tão bem agora deixar de ser o que devo a mim e aos outros para ser o que tenho que ser e, através da racionalidade, cumprir com os deveres providos de sentido, usufruir dos direitos que permaneçam e deixar que a sorte decida o resto, que eu depois questiono-me sobre o que ela me trouxer... SEM TEMOR!

A génese do medo somos nós próprios!

EnJoY!
=D

definições retiradas de: PRIBERAM INFORMÁTICA - LÍNGUA PORTUGUESA ONLINE via www, disponível em URL: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

16 junho, 2006

Será que sou mesmo uma cabra?

Ora as hostilidades já foram oficialmente abertas!!
Nada como uma (ou muitas) ginginhas para o pessoal ter estas ideias de inconformados e irreverentes... Basa lá criar um blog onde possamos ser o mais causticas possível e onde, acima de tudo, possamos ter o proveito da fama de "cabras"! Basa falar mal, mas com coerência (que é uma coisa gira mas que falta a muito boa gente! Quem anda na ESE sabe do que falo), basa criticar, mas construtivamente, com aquele cheirinho de ironia mordaz que é tão bom!
Agora uma coisa tem de acabar já, antes que se alongue! Que é isso das amantes, e não contes nada à Vera?? Começo a achar que a outra tinha razão!! Qualquer dia até começo a acreditar que sou mesmo uma "cabra"! NOT!!
E olha só para terminar este raciocínio vou deixar-vos com aquela, que considero realmente uma das minhas melhores dissertações acerca do ser humano, com toda a inspiração que os seres humanos mais próximos de mim me concedem.

Hipocrisia

Hipocrisia: do Grego hypocrisia, forma poetica de hypocrisis, desempenho de um papel no teatro, dissimulacao,impostura, fingimento. manifestacao de virtudes ou sentimentos que realmente se nao tem.
De ha uns tempos para ca tenho, realmente, perdido algum tempo a pensar na definicao desta palavra e na necessidade que algumas pessoas tem em pratica-la, na sociedade em que vivemos! Entenda-se necessidade como obrigatoriedade quase! Do genero: "Ha que ser hipocrita como forma de sobrevivencia, quer no mundo profissional quer pessoal".
Agora a minha questao e: Como e que e possivel para tanta gente dormir bem de noite? Deitar a cabeca na almofada, fechar os olhos e dormir que nem um bebe? Sera por isso que a venda de soporiferos e calmantes tem aumentado cada vez mais?
Realmente e mais facil continuar a ser hipocrita e tomar comprimidos para a "consciencia" do que realmente tentar, basta tentar, mudar a nossa maneira de estar e de agir para com os outros!
Mas mesmo assim pior que a hipocrisia simples e esta disfarcada de rancor com cheirinho muito intenso a martir de algibeira.
Nao ha paciencia que aguente a maldade das pessoas em falar mal dos outros, manda-los abaixo, criando pequenos nichos de mais hipocritas sem vida propria, para que assim, finalmente, possa ter amigos nascidos da propria pena! Lindo!
So desfazendo os outros, que sao maus, e criando uma realidade alternativa onde o pequeno martir possa vir ao de cima, emergindo do seu mundo onde tudo corre mal, desde a familia, passando pelo trabalho e terminando na propria aparencia fisica (ja que o interior puro e lindo se encontra disfarcado pela vida dificil e sofrida), e que conseguem sobreviver!
Que seria dessas pessoas sem a pena que fazem sentir nos outros?! Se calhar iam finalmente aperceber-se que a vida e MESMO ASSIM! Tem altos e baixos! TODOS riem e todos choram. O sofrimento do mundo esta realmente dividido e nao caiu nos ombros de uma so pessoa.
Talvez assim as pessoas se apercebessem que tudo o que acontece tem um motivo, e que mais facil que criar pena e ser hipocrita e mesmo ser sincero e conquistar as amizades e o proprio mundo com algo tao simples como sermos nos proprios, com a nossa personalidade unica!
A vida e lixada! E verdade! Mas e assim para todos. Agora se o nosso corpo cresce, mas as mentalidades continuarem presas aos 16 anos e realmente dificil evoluir.
A todos os hipocritas, que no fundo o sabem que sao, mas nao admitem, arranjem uma vida propria e nao julguem os outros atraves de verdades unilaterais e de pequenos martires magoados com a vida, e se calhar, quem sabe, consigo proprios!
Olhem para o vosso umbigo, tentem ser um bocadinho mais justos e tentem, aos poucos ir mudando o vosso pequeno mundo! A mudanca e como um virus, basta contagiar um que vai propagando!Agora por favor, propaguem a boa disposicao, a amizade, a COERENCIA, a justica e deixem-se de falsos moralismos. E principalmente evoluam a vossa capacidade inata de raciocinar, de criticar construtivamente tudo o que os rodeia. Substituam a conversa dos martires por um bom livro que vos desenvolva o cerebro!
*Carta dirigida a todos aqueles a quem a carapuca serve!

14 junho, 2006

Conta-me histórias daquilo que eu não vi...

No fundo do fim do mundo há mais que uma história para contar, mas porquê dar-me ao trabalho se, no fundo, as versões “B” são sempre tão mais mediáticas. Afinal qual é o mal em contar versões de histórias? Não é mais que sabido que os mesmos gestos significam coisas diferentes para pessoas iguais e que todos temos direito à nossa opinião?

Ãhh?
Não?!?
Oooopsss!
Erro meu!
:S

Tinha-me esquecido que há entre nós os seres dotados de omnisciência e os seres crédulos que absorvem, textualmente, tudo o que se lhes diz para depois fazerem resenhas do que não sabem como se as opiniões fossem incontestáveis!

Conformem-se!!!

Analisamos e tomamos posturas críticas (conscientes ou não) sobre tudo o que percepcionamos! O problema das histórias não é o número de versões disponíveis, nem a velocidade a que se propagam, é sim a incapacidade, de uns e outros, de ter em presença que é só isso que são: VERSÕES! E, já agora, se adoptarem as opiniões dos outros e as difundirem como se fossem vossas, dêem-se, no mínimo, ao trabalho de ter a certeza que concordam para depois não sacudirem a água para cima do capote de outros!

Opinem! Mas façam-no como resultado de uma análise pessoal de situação, que nos desperta a necessidade de partilhar uma consideração com o próximo, não como um reflexo de um da incapacidade de estar calado! As opiniões são sempre em relação a algo ou alguém, é só de «bom tom» que se tente mostrar respeito pelo objecto de reflexão [respeitar não é sinónimo de concordância, neste caso, é sinal que se reconhece os direitos dos outros à sua individualidade].

Eu tenho opiniões e adoro expô-las quando o contexto é propício! Umas menos agressivas à percepção, outras completamente causticas, outras completamente desfasadas da realidade comum e até umas com valor recreativo, sou uma mocinha muito polivalente! Contudo... não são mais que a minha opinião e nem pretendem ser! Não são juízos [a.k.a.
acto ou capacidade intelectual de julgar], são opiniões [a.k.a. maneira, modo pessoal de ver] e, por isso mesmo, têm o seu quê de mutável e actualizável, convivendo facilmente com as opiniões alheias!

O pânico está lançado e as hostilidades foram abertas!

EnJoY!
=D