20 julho, 2007

Dilemas Quotidianos

Hoje estou assim... não sei... Apetece-me, quer dizer, não consigo parar de fazer reflexões parvas sobre aqueles dilemas do quotidiano – nada pseudo-intelectualóides - que não resolvem o problema da guerra no mundo, mas ocupam-nos a cabeça como um enigma sem fim!

I. Nevoeiro Matinal

Ora uma primeira consideração geral sobre algo que me atormenta... quase diariamente! Sou fumadora... activa... moderada... etc.!!!!! Não fumo três maços por dia, quanto mais um, mas não deixa de me preocupar que existam determinadas pessoas, que de manhã, aí pelas 8 e tal, não consigam aguentar a “dor”, a “necessidade” de fumar um cigarro até saírem do prédio!

Ou seja.... A urgência é tanta que mal metem os pés fora de casa, imediatamente acedem a chucha e entram onde???? Pois claro! No elevador!!!! Criando um fenómeno citadino, pouco falado, de seu nome nevoeiro matinal! (expressão também utilizada por quem acorda de manhã com uma bomba de gases dentro de si)!

Agora imaginem um elevador pequenino, com pouco mais de um m2... Imaginem uma rapariga ensonada, de banhinho tomado, cheirosa, fresca, airosa, a dirigir-se para a caixa metálica sob pressão! Imaginem agora, contendo a aproximação de um esgar de sofrimento, a porta do dito cujo a abrir e a criatura perfumada a dar um passo atrás, cambaleando e caindo redonda no chão....

Conseguiram? Pois, tirando a parte de cair no chão, sou eu mesma!!!!! Praticamente todas as manhãs sou envolvida por um nevoeiro matinal, que transforma o sono em má disposição; que transforma o silêncio do “não me chateiem que ainda é muito cedo” num ruído de impropérios nada dignos de uma menina!

Eu não sei se convosco, 2 leitores e meio, isto acontece, mas a mim nada é tão maléfico para o meu humor matinal, do que sair do prédio a tresandar a tabaco, sem que um cigarro me tenha passado pelos lábios....


II. Morte aos Plátanos (vá, pronto... morte é demasiado... Um sofrimentozinho só, hã?)

Quem me conhece sabe que adora a Natureza... Em todos os aspectos... Adoro sentir o seu aroma trazido pelo vento vindo da Arrábida... Adoro passear no meio do mato, trepar às arvores, sair de lá arranhada, etc. Detesto que o meu pai vá à caça. Dói-me o peito de ver os passarinhos pequeninos de pescoço pendido; Dói-me o peito de ver a Arrábida ou qualquer outra Serra a arder... Concluindo não há nada, mas mesmo nada tão maravilhoso e tão terrível ao mesmo tempo como a Natureza! As suas forças vão para além do nosso conhecimento terreno.....

Mas.... Nem tudo são rosas.... Ou melhor, também existem espinhos que me atormentam.... Um espinho em específico, chamado: Plátano!!!!!

Gostava de saber duas coisas. A primeira: Quem foi o idiota do arquitecto paisagista que considerou os plátanos como árvores “ideais” para a cidade? Segundo: Esse idiota, cheio de ideias, portanto, terá alguma vez sofrido ou visto alguém a sofrer com Rinite Alérgica?

À segunda questão, respondo com toda a certeza que NÃO! Só alguém insensível à comichão no nariz, nos olhos, nos cantos da boca e no pior sítio de todos para coçar: na garganta, é que iria sugerir: “Ah e tal, plantem-se plátanos, que têm aquelas bolas tão giras... No Outono é tão bonito ver as suas sementes a ondular ao vento”...

Por favor!!... Plantem Pinheiros, plantem aquelas tão giras que alimentam os bichos da seda... as.... amoreiras, é isso! Plantem Árvores da Borracha, ou laranjeiras azedas! Façam qualquer coisa, mas tenham dó de quem padece de Rinite Alérgica e tem de sair à rua como se fosse assaltar um banco: óculos enormes que tapem por completo a entrada das “mágicas partículas ondulantes” e um lenço estrategicamente colocado ao pescoço para que sempre que necessário se puxe para cima de forma a tapar o esto da cara que ainda está a descoberto!

Vá... Até posso ser mais meiguinha.... Pronto não matem os Plátanos... Coitadinhos, não têm culpa do triste fado que lhes deram (se calhar foram um lenhador sedento de serradura que gritava TIMBER alto demais), mas eu... eu transplantava-as todas para um jardim bem longe das populações e abandonava o maluquinho, que um dias as achou bonitas, lá no meio. Assim podia dançar entre as partículas “assassinas” e cantar “the trees are alive with the sound of music”.....

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