26 abril, 2008

Paixão, paixão, paixão....

A última vez que escrevi estava cheia de medos e coisas do género. O que me vale é que voltei ao meu nível de parvoíce do costume e estou de volta ao meu "old self", por isso vou falar de paixões.

Eu apaixono-me umas quatro ou cinco vezes por dia. É o que dá andar de transportes público e trabalhar num dos sítios onde milhares de pessoas passam por dia. Mas se passam assim tantas pessoas por mim, por que é que me apaixono tão poucas vezes??? Sou um bocado esquisita...

Enfim, vamos ao que interessa, o que se passa é que as pessoas cada vez se apaixonam menos e de cada vez que isso acontece, aquela chama que as consome extingue-se cada vez mais rápido. Vejo isso à minha volta, nas relações que me são próximas. Sim, só nas que me são próximas... E isso preocupa-me! Preocupa-me por que são os meus amigos e a sua felicidade que está em causa!! Eu apaixono-me com a maior facilidade do mundo, há caras que me chamam à atenção, estilos, corpos, enfim, uma certa combinação de coisas que me fazem abrir o olho e encetar (ui que hoje estou a falar bem, sinal que a depressão já lá vai) um jogo de olhares e gestos que me dá imenso gozo. E isto dura até à paragem seguinte ou até o primeiro de nós sair do autocarro ou eléctrico. O que acontece grande parte das vezes e, confesso, me assusta e me envergonha um bocadinho, é que de vez em quando, mais vezes do que eu gostaria, para dizer a verdade, os seres que me provocam estas emoções que me deixam muito bem disposta, carregam livros consigo que eu não descanso enquanto não descubro que livros são. Grande parte das vezes, e é isto que me deixa envergonhada, são livros do secundário!!! mas isto não faz de mim uma pedófila ou, como os americanos gostam muito de dizer, uma predadora sexual, no meu tempo as crianças não eram assim!!!! Claro que havia putos giros na minha altura do secundário, mas não eram tão crescidos, ahhhh não eram não... Safa!!!!!

Tudo isto pode parecer meio desesperante, pode dar a ideia que sou uma mulher solteira com um medo terrível de ficar para tia! Desenganem-se, sou tia há cinco anos pela família, nove anos do coração e acabou de nascer o sobrinho do coração, mais novo, por isso, como vêem, sou tia e com muito orgulho. Não desespero por nada na vida, mas estas coisas acontecem, apaixono-me nos transportes públicos e no trabalho várias vezes ao dia e isso deixa-me bem disposta.

Deixo, por isso, um conselho a todos os que se sentem abandonados, mal amados, tristes, desamparados, a todos os que sentem falta de estarem apaixonados, andem de transportes públicos, passem mais tempo nas esplanadas da cidade (sim, por que Lisboa tem a luz e ambiente certos), andem a pé pelos parques da cidade, etc, vejam gente nova e vão ver que o ego se vai sentir um bocadinho melhor, não garanto que os solteiros vão encontrar o seu par, a alma gémea e muito menos que os comprometidos e descontentes irão encontrar a alternativa à relação actual, mas se calhar chegam a casa mais bem dispostos e tantos olhares trocados e flirt's com gente estranha vai dar azo a que esses olhares se comecem a repetir entre paredes que vos são familiares e as coisas ganhem um novo fôlego.

Façam como eu e apaixonem-se!!!

19 abril, 2008

Medos

Normalmente considero-me uma pessoa sem medos ou com muito poucos. Costumo dizer que o meu maior medo medo não é o de morrer mas sim a forma. não no sentido de morrer atropelada por um comboio, mas de morrer sozinha.

Neste momento não é o medo de morrer assim ou assado que me assusta, ou melhor, preocupa. É o medo do presente, de falhar, do rumo que a vida pode tomar, ou neste caso, não tomar...

Quem estiver de fora vai pensar que sou doida e quem souber da minha vida vai ter a certeza. A minha vida mudou radicalmente, é verdade. Houve mudanças, para melhor, claro. É que mudar para pior está fora de questão, isso de andar de cavalo para burro não é para mim. Claro que as mudanças foram pensadas durante bastante tempo, bem preparadas e aconteceram no timing certo, com apenas um ou dois pormenores que falharam, mas nada de especial e que com um bocadinho de esforço não se resolvam. Mas de repente... De repente tudo muda, não que as minhas escolhas tenham sido erradas, nada disso. A segurança que tinha parece escapar-me entre os dedos como se de areia se tratasse e aquelas borboletas que nos assombram os estômago em outras alturas aparecem para desestabilizar e fazer com que os medos com os quais nunca me preocupei aparecessem do nada.
Agora o que se faz nestas alturas??? Nunca senti medo na vida, juro que não. Claro que não estou a contar com o medo do escuro ou dos monstros debaixo da cama!!! Bolas nem quando tive quase, quase tive medo. Só pedi à minha mãe para me levar para casa por que não queria que acontecesse ali. Não tenho medo de bichos, nunca tive medo de não conseguir alguma coisa por que sempre lutei por tudo aquilo que quis.


Como é que se acaba com o medo de falhar? Eu cá não sei, se o soubesse não escreveria sobre isso...

02 abril, 2008

As despedidas

Vamos lá ver o que é mais importante. Quanto a mim são as pessoas e as relações que se tem com cada uma delas individualmente. Ou seja, tu até podes não gostar de mim, mas respeita-me é o mínimo exigível!!

Meus meninos deixem-se de tretas, não ameacem, não concordem só para ficarem bem aos olhos de quem manda. Se não quiserem tomar atitudes, pelo menos deixem as coisas andar, agora fazer só por que sim....

Já me disseram que sou parcial demais, e o que eu respondo a isso?? Tretas, meus caros, nada mais do que tretas. se para uns quantos, tomar partidos é não defender os pobres e oprimidos ou desancar oral e moralmente os que fazem asneiras, eu tento saber o que se passou sem certezas absolutas não o vou fazer. Como já disse antes, não travo guerras que não são minhas.

Agora, as despedidas.
A aqueles que me conheceram como pessoa e que se tornaram meus amigos, tenho pena de vos deixar. Pena por que conheço bem demais esse antro em que se tornou o local de trabalho, pena por que muitas das pessoas que por aí estão não merecem as irritações, mas sobretudo, por que vocês não merecem os desaforos e faltas de respeito constantes a que estão sujeitos, as facadas nas costas, os risos pela frente e as maldicência por trás, as mentiras, etc, etc. Enfim tudo aquilo a que, infelizmente, já estão habituados. Se puderem lutem contra isso, senão... senão puderem mudem, é o melhor que há a fazer.

Tenho pena de deixar isto para trás por que sempre gostei do que fiz, mas toda a gente tem um limite e o meu foi ultrapassado em larga escala

A aqueles que não me conhecerem por nem sequer se terem dado ao trabalho de o fazer, abram a pestana que esse caminho não vos leva a mal nenhum. Não defendo, como nunca defendi a existência de filhos e enteados, mas dêem-se ao trabalho de conhecer as limitações das pessoas e respeitem-nas, não como doentes ou incapacitados, mas sim, como pessoas que são. Infelizmente não conseguimos fazer todos as mesmas coisas. Como já disse, correndo o risco de me repetir, não concordem com coisas só por que fica bem aos olhos do chefe, não olhem só para o vosso umbigo por que não trabalham sozinhos, pensem nos outros que trabalham com vocês. E acima de tudo respeitem-se, ninguém tem de ser amigo de ninguém, mas já que temos de passar um dia inteiro juntos, pelo menos, respeito.

Adeusinho